Construímos essa casa de praia juntos. Cada tijolo colocado com cuidado por nossas mãos, o cimento e a massa a se unirem na função de nos unir. Engenheiros, arquitetos, mestre-de-obras, nenhum deles foi necessário. Pedreiros amorosos que somos, fizemos o trabalho com suor no rosto e alegria no coração. Está pronto nosso lar. Já podemos ver o mar através da janela azul. Dormimos com o som do vento nas paredes.
A casa parecia firme, capaz de suportar tempestades e tsunamis. Mas um dia acordo com um estrondo. Você dorme tranquilamente. O mesmo vento que embala seus sonhos faz os vidros das janelas se debaterem. O frio adentra por frestas antes não percebidas por mim. Me enrolo e não ouso te abraçar, não quero que acorde do seu sono solto e bom.
Ando sozinha pela praia. Você saiu e me disse que iria voltar. Eu acho graça de meus medos da noite anterior. Quero fazer uma deliciosa refeição e preparar um banho para nós. Volto devagarzinho pra casa. De longe vejo algo errado.Ela balança com a brisa, ainda é bela e simples, mas frágil, como se fosse de papelão. Que erros cometemos? Me pergunto desesperada. Todo o material da melhor qualidade. Acabamento feito com o amor de palavras e gestos. Me aproximo um pouco e meus pés afundam na areia molhada e fofa. Descobri: Os alicerces estão instáveis, a areia que tanto amamos não é o bastante para firmá-los.
A casa parecia firme, capaz de suportar tempestades e tsunamis. Mas um dia acordo com um estrondo. Você dorme tranquilamente. O mesmo vento que embala seus sonhos faz os vidros das janelas se debaterem. O frio adentra por frestas antes não percebidas por mim. Me enrolo e não ouso te abraçar, não quero que acorde do seu sono solto e bom.
Ando sozinha pela praia. Você saiu e me disse que iria voltar. Eu acho graça de meus medos da noite anterior. Quero fazer uma deliciosa refeição e preparar um banho para nós. Volto devagarzinho pra casa. De longe vejo algo errado.Ela balança com a brisa, ainda é bela e simples, mas frágil, como se fosse de papelão. Que erros cometemos? Me pergunto desesperada. Todo o material da melhor qualidade. Acabamento feito com o amor de palavras e gestos. Me aproximo um pouco e meus pés afundam na areia molhada e fofa. Descobri: Os alicerces estão instáveis, a areia que tanto amamos não é o bastante para firmá-los.
Eu gostaria de ser mais estável, previsível. Mas insegurança e medo me fazem pensar e agir num perigoso caminho destrutivo.
Talvez eu só precise ser menos exagerada e dramática.
♫My fingertips are holding onto the cracks in our foundation♪
Bruna, amei o que você escreveu, querida. Que texto lindo.
ResponderExcluirOlhe, muito obrigada por sua visitinha lá no blog, viu?
Bjos
às vezes, é preciso parar e respirar antes de tomar fôlego para continuar.
ResponderExcluirum beijo!