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Mostrando postagens de 2011

Era mais fácil ser sozinha

Muitos compromissos, trabalho, tarefas. Eu não deveria ter tempo para sonhar, mas encontro um espaço na agenda. E sonho, sonho para fugir desse mundo tão frio sem seu carinho. Tudo era mais fácil quando eu não conhecia o gostinho da saudade. Eu não esperava por ninguém, minha vida era tranqüila, embora triste. E agora eu espero, me agarrando a lembranças. Suas gargalhadas espontâneas, olhares que me deixavam envergonhada, mãos entrelaçadas, beijos que remetem a uma França desconhecida... tudo isso se tornou indispensável.  E você, numa conversa descompromissada resumiu como me sinto: “É difícil viver sem você aqui.”
Por que as lágrimas são tão pesadas? Ao colocar umas poucas noites de choro no prato de uma balança, este sucumbe ao peso. Mas o outro, repleto de sorrisos, carinho, dias de felicidade extrema, está leve, mal se movimenta. E por mais que eu tente fazer cálculos objetivos do tipo “ Milhares de beijos + Olhar sincero + Palavras de amor > Um dia sem ele”, só consigo sentir o fardo da tristeza de um encanto que se foi. É injusto para ambos. Eu nunca pensei que seria fácil, mas não imaginava o tamanho do desafio.

Reflexos de um eclipse

Essas primeiras horas sem o brilho do luar parecem o despertar de um sonho bom. As cores da cidade estão distorcidas, os raios de sol ofuscam e não iluminam. O céu novamente nos afastou, mas como odiá-lo? Pois esse mesmo céu foi o responsável por nosso eclipse. Esses dias foram mais do que especiais. A realidade pode superar a ilusão e a felicidade é possível. Você se esforçou para me agradar, fazer eu me sentir uma Deusa. Mas os melhores momentos foram construídos sem esforço algum: Seus abraços de ursão, seu olhar doce e seu sorriso. Eu poderia ter dito tudo o que senti pessoalmente, mas as palavras fugiam temendo estragar momentos tão perfeitos. O sentimento, embora discreto, meio oculto, está presente. Espero que meu olhar tenha expressado mais que as palavras não ditas. Até breve Lua. Com Amor e Saudade, Sol

Simples sonho

Não lembro com clareza do que sonhei noite passada, apenas sei que ele  estava lá. Cenas vêm em minha mente:  Deitados na cama nós ouvíamos canções só conhecidas por ele. Eu tentando adivinhar os cantores e rindo a cada erro. Carinho suave. Luz do sol poente. E a certeza que estávamos sim, muito felizes. Quero simples recordações como essa. Momentos de simplicidade me parecem mais francos e totalmente reais. Depois de tanto sonhar e imaginar, quero uma overdose de realidade, quero mergulhar na verdade, assim me sentirei segura e serei feliz.
É tanta vida a ser vivida que não nem sobra tempo para pensar, parar e escolher. Refletir sobre o que quero e sinto, vejo e ouço. Quem observa de fora da redoma pode achar “Essa garota não faz nada...” , mas eu bem sei que até o ócio ás vezes é pesado e oprime.  E a felicidade quando me toma, é tão intensa e inesperada que até dá medo. Será que tudo pode mesmo ser perfeito e dar certo? Não, não pode. Então um susto vem e me faz colocar a vida nos eixos. Pára menina, olhe a sua volta e perceba cada detalhe. Você não sabe quando essa viagem chegará ao fim, por isso aproveita! *Estudando não para uma prova, mas para a vida. Com humildade percebi que ainda tenho muito a aprender, os quatro anos de Universidade foram apenas um pequeno passo. E quando eu me formar, quem sabe no próximo ano (se as greves deixarem!) , terei o mesmo pensamento e desejo de conhecimento. *Agosto não será mais o tão esperado momento. Setembro reserva boas surpresas. Mal posso esperar! *É oficial: Estou viciada e

Simplesmente Feliz

Quinta foi um dia feliz, daqueles que só momentos bobos podem proporcionar. Alegria simples, sem nenhum planejamento ou preocupação. Um dia em que eu acordei para fazer algo tão comum, mas que eu nunca tinha experimentado: Ir ao circo! Ao ver na internet que um circo sem animais estava oferecendo um dia de apresentações gratuitas eu não pude resistir. Fui com Heloá, a minha fiel companheira de aventuras por Salvador. Posso dizer que gostei tanto(ou até mais) do espetáculo quanto as crianças. Fiquei encantada com malabarismos, roupas , música e toda arte que o lugar inspirava. E depois fui brincar na praia em frente. Sim, apenas curtir a areia, mar, sem vestimenta específica ou preocupações com o que os raros banhistas iam achar. Ri muito, conversei bastante com minha amiga, e fui feliz! Se o dia foi ótimo, a noite não seguiu seu exemplo. Discuti com meu pai, chorei, magoei e fui magoada. Mas como meu pai e eu somos instáveis já estamos sorridentes de novo!

Aniversário e feriados

Esse é o primeiro post da Bruna-madura-responsável de 21 anos. Será que algo mudou? Inexplicavelmente a partir da meia-noite do dia 20 de abril surgiu uma nova Bruna, menos criança e mais mulher? A resposta é NÃO! Meu aniversário foi um dia como os outros, a não ser por eu receber abraços e ligações. Não posso reclamar afinal eu não gosto muito de comemorar (embora um bolo de chocolate não fizesse mal ). Os dias seguintes é que foram melhores, uma série de feriados unidos e aproveitados no conforto de minha cama. Entreguei-me ao ócio nada produtivo e à arte da vagabundagem extrema. Um ótimo presente ;) Por falar em presente, ganhei um sapato vermelho digno de minha mãe, uma blusa branca e fofa de uma amiga dela e por mais um ano meu pai deu o velho golpe de fingir que esqueceu o aniversário da filha pra só dar o presente no dia das crianças(é, eu ainda ganho presente no dia das crianças, cole?) e assim economizar. E ontem a síndica me entregou um envelope mágico, que me deixou saltita

Apenas um livro

Na prateleira mais baixa da estante do fundo havia um livro. Não tinha uma bela capa, nem um título instigante. As pessoas passavam por ele sem vê-lo , e sempre que uma mão roçava sua lombada o livro sentia suas páginas arrepiarem numa esperança louca de quem deseja ser lido. Mas as mãos sempre passavam e se detinham em outro volume ao lado, um Best-seller,o livro mais criticado, um manual, uma linda encadernação, uma revista. Em raros, mas inesquecíveis momentos, alguém parava e pegava o livro. Alguns o devolviam e nem havia tempo para fazê-lo sofrer. Já outros- impiedosos leitores- o folheavam, acariciavam suas páginas frágeis e o levavam até uma mesa próxima para começar a ler. Cada linha decifrada enchia o livro de felicidade, e o sob o olhar supostamente atento do leitor ele se sentia especial. Mas ninguém conseguia ler toda sua história e paravam ao perceber que era um livro complicado, ou para alguns muito sem-graça. E lá voltava ele, para a estante empoeirada. O livro já não

Passam as Horas

10:00 Palavras aleatórias se transformam, devagar, em significados mais ou menos lógicos. Não importa, ainda vou decifrá-las. 11:00 Testando sombras baratas. Por que as cores parecem todas iguais? E por que aos 20 anos me maquio um pouco pior do que garotinhas de 5 anos? 13:00 Mandei uma mensagem, não numa garrafa, mas ainda assim é um apelo de náufrago. E a resposta me deixa tão feliz. Simples palavras, e poderosas.  15:00 Promoção no twitter. Ganhei e convidei uma amiga para me acompanhar.  16:00 Página do livro "Blecaute". Assisto a solidão e loucura presentes na história, e só me resta rir delas.   Que venham mais horas, com surpresas ou tranquilidade. Só não irei deixar o tempo passar como se fosse perdido, cada minuto tem sua beleza, por mais simples que seja.

Cobrando Alegria

Eis que um dia resolvo não chegar tão atrasada e pego o ônibus bem mais cedo. Sonolenta e mal humorada entro no veículo tentando equilibrar os livros. Ouço um "bom dia" da cobradora e me assusto. Não é uma saudação qualquer, é realmente...sincera! Cheia de entusiasmo de quem deseja mesmo não um bom, mas o melhor dia. Sentei e passei a viagem toda admirando a alegria da cobradora. Não era espalhafatosa, não atrapalhou o sossego do ônibus, apenas conferiu uma certa graça a ele. Cada passageiro cobrado tinha que não dar apenas o dinheiro, mas também um sorriso. Ela cobrava alegria de todos, e não aceitava recusas. Passei a acordar mais cedo essa semana, só para estar nesse ônibus. Se minha timidez não fosse tão opressiva eu olharia por trás dos óculos da cobradora, bem nos seus olhos e diria: Obrigada por fazer meu dia melhor!

Acabou a vida mansa

Fim de férias, ou melhor, da longa pausa. Pouco mais de um mês sem horários apertados, ônibus lotado e provas. Dias entregues à arte de adiar. "Depois concluo meu projeto", "Daqui a pouco estudo", "Amanhã vou pesquisar temas dos trabalhos". Ontem, de volta ao semestre(sim, houve um hiato de um mês no meio do semestre!) vi que não tinha mais tempo para adiar, esse verbo deve ser apagado do meu dicionário! E volto a agitação diária e irresistível da Universidade.Provas, ônibus lotado, colegas sem-noção,trabalhos, projetos...Mas também conversas nas escadarias, risos, terapia em grupo e a sensação final de que tudo deu certo e valeu a pena :)

Primogênito nada mimado

Esse é meu primeiro post de 2011, o primeiro filho de uma ninhada barulhenta e feliz, espero eu. Meu primogênito não terá mimos, não saberá como é ser presenteado com frases de efeito e belas imagens. Apenas um post, um texto sem maiores ambições. Um filho modesto e responsável que me fará ser uma boa mãe, fértil e atenta com minha cria. Nesses dezoito dias nenhuma palavra no blog. Nada ocorreu? Pelo contrário, diria que mesmo sob a aparência de uma rotina sem graça há vidas em rebuliço. No dia 31 fiz questão de não fazer nenhum plano, nada de listas de promessas, nada de decepções. Só o compromisso com a felicidade, fazer o meu melhor e não esperar nada de ninguém. E até agora tudo tem se resolvido muito bem. Se houver reviravoltas não me decepcionarei, eu nada esperava mesmo. Mas não deixarei de lutar.Meu lema esse ano é agir mais.  E assim meu primogênito se despede, deixando o caminho livre para seus irmãos. Até breve!