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Mostrando postagens de junho, 2017

Sair do ninho

Sair no ninho é não ter um abraço durante choro, e perceber que as lágrimas são mais cruéis quando em meio à solidão. É ter a oportunidade de recomeçar, construir um novo Eu, e depois de um tempo descobrir que nunca será possível enterrar completamente o passado, por mais longe que ele esteja. É comer miojo, ovo cozido, enlatados, e se sentir um Master Chef. É lavar pouca louça e nunca ter outra xícara sobre a mesa. É confiar desconfiando de todos. Não saber em quem acreditar. Ouvir comentários e tentar decifrar entrelinhas. É ser apunhalada todos os dias, e continuar a luta, mesmo sangrando. É saudade do mar, dos livros, do clima e até do trânsito.  E, apesar de tudo, ter a esperança que a caminhada não é em vão.

Caros monstros

Sei que nossa convivência sempre foi difícil, em boa parte por minha culpa. Tentei a todo custo escondê-los, deixando-os trancafiados em casa. Fazia de tudo para que as pessoas ao meu redor não tomassem conhecimento da existência de vocês. Meu segredo mais profundo. Hoje me dei conta do quanto os temo sem sequer conhecê-los. Saiam da escuridão que há debaixo de minha cama, coloquem suas melhores roupas, mas tirem suas assustadoras máscaras: Quero fitar seus olhos, ouvir suas vozes e abraçá-los bem forte, até quase amá-lo. Depois iremos passear juntos, pois o medo e vergonha não têm mais lugar em minha vida. Sejam bem vindos! Fonte: http://br.web.img3.acsta.net/videothumbnails/189/126/18912663_20130819221123775.jpg