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Mostrando postagens de março, 2018

Chocolate com pimenta

Dentro da discreta embalagem reside um aparente chocolate comum, idêntico a todos os outros que passaram por sua boca. Desembrulha o plástico sem maiores expectativas, sentindo na primeira mordida um doce agradável, confortável para paladares menos atentos.  Tal como chocolate, fui derretendo com seu calor, acalentando seus lábios com delicado sabor. Mas não sou apenas açúcar e cacau. Quando suas papilas já se acostumavam com meu gosto explodi em em ardor de pimenta travessa, rebelde e livre, acordando sua língua e causando saudade em sua boca.

Uma música, um texto: Reaprendendo a amar

Reencontrar seus olhos sorridentes me fez tão bem... Sentir novamente seus braços a me enlaçarem com força, apertando meu frágil corpo até torná-lo ainda menor, a ponto de caber por inteiro em seu abraço. Eu havia esquecido como sua pele era morna, como um sol de fim de tarde a acalentar a preguiça e amores preguiçosos. E poucos minutos foram necessários para dissipar qualquer mágoa.  Percebi que sim, ainda é amor. Mas não nosso amor desesperado, a nos afogar em paixão. É amor calmo como sua fala mansa e arrastada. De repente todas as palavras cruéis e cortantes se tornaram meras crianças travessas, a brincar de serem más. Nossos travesseiros já esqueceram nossas lágrimas, seu rosto já não tem mais aquele arranhão que te fiz, e que doeu mais em minha carne que na sua. Nossas vidas seguiram rumos opostos, e afastados aprendemos o mais sublime amor.