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Mostrando postagens de 2012

Carta de 2013 para mim

"Querida Bruna: Todo final de ano recebo uma enorme lista sua, contendo uma série de promessas e desejos, muitos repetidos em vários dezembros. Você espera um ano novo de realizações, paz, amor, sucesso...Mas nunca se perguntou o que eu, o Ano Novo, espero de ti. Por isso peço, pare de escrever por alguns instantes e leia meus anseios. Espero que eu não precise conceder-lhe um bom emprego, quero que você tenha força e competência para consegui-lo. Desejo também que você mantenha os olhos sábios para os presentes da vida, e perceba as oportunidades que despontam a todo tempo bem na sua frente. A Sorte é invisível para aqueles com mente fechada e coração turvo.  Seja uma guerreira da paz, defendendo-a com gentileza e paciência. A violência não está apenas nas ruas, mas dentro de palavras agressivas e olhares desafiadores. Não agrida quem ama, e aprenda a amar a si mesma. Dessa forma, nunca se sentirá sozinha. Espero que cuide de seu corpo, santuário sagrado de sua alma.

Como está nosso amor

Nosso amor era tão lindo quando jovem. Forte, despreocupado, alegre e provocante. Nosso amor era menino travesso, irresponsável e sedutor. Era bicho solto, livre, sem rumo nem medo. Fresco como brisa inesperada de uma tarde de verão. Era céu estrelado em noite sem nuvens. Era sorriso bobo, mãos inquietas, beijos desesperados e olhos brilhantes. Nosso amor foi se transformando, ficando adulto. Deixou as birras, ficou menos malcriado. Maduro, queria mais: Uma família, casa quitada após trinta e cinco anos de financiamento e um plano se saúde para amenizar nossas dores de velhos. Amor virou um respeitável senhor, sorrisos calculados, abraços no final de ano, beijo sem mordida. E ele se transformou ainda mais. Foi tornando-se algo disforme, até grotesco. Da alegria fez-se medo, a tristeza prendeu nosso amor e não quer mais deixá-lo escapar. E ele é noite de pesadelos, choro contido, riso nervoso, cama solitária e coração partido. *Eita, texto mais triste! Não é total

Carona

Para se ter uma leve ideia do que é pegar carona na moto de meu pai: -Pai, é na próxima entrada à direita, viu? -Tá. -Tá vendo aquela sinaleira? É só virar à direita. -Aham. -Não esqueça, di-rei-ta -Ih menina, já sei, não sou surdo! -Foi mal, só pra deixar bem claro pra você não...EI, ONDE CÊ VAI? DIREITA!DIREITA! -Ouvi você falar DIRETO!Tem nada não, é só eu dar a volta aqui mesmo... -OWWW, É CONTRAMÃO! VÔ MORRER!PÁRA PAI, VAMO MORRÊ, AFFF,AÍ NÃO PAI, O ÔNIBUS, MORRI JÁ!Ó A DIREITA AÍ!!!! -Pronto Bruninha, calma, não tem motivo pra se desesperar!

Vida pulsa lá fora

Aquela tela, tal como o espelho da história, a levava para um mundo de maravilhas. Ela tornava-se mais bonita e corajosa. Era rodeada por amigos de todo o mundo. Com um simples movimento tinha ao seu alcance qualquer informação. Por que sair de lá? Era uma doce prisão, na qual ela não queria jamais sair. Então numa noite, sem motivo aparente, ela vira seu rosto para a janela. Um simples ato que mudou para sempre sua percepção. A Lua gigante era um farol. Chegou mais perto e pode ver as pessoas lá fora. Outro mundo, com menos facilidades, porém muito mais interessante...e real a esperava!

Entrevista com a Cyntia Bandeira

Conheço a Cyntia há algum tempo, através das cartas. Ela agora trilha um novo caminho, permitindo que mais pessoas conheçam seus talentos literários. Semana passada ela me pediu para fazer uma entrevista, e aceitei com o maior prazer. Com vocês, a escritora Cyntia Bandeira Lino, autora do livro "Desabafos de Mulher", vendido aqui. 1. Conte-nos sobre como surgiu a ideia de escrever esse livro: Eu cresci ouvindo histórias sobre pessoas que sofreram todo o tipo de injustiça que o ser humano pode sofrer.Fazia alguns anos que eu tive vontade de escrever um livro.Como eu estava com as muitas histórias na mente,que meus familiares me contaram ao longo da vida,resolvi juntar todas elas neste livro,tomando o cuidado de escrever uma história fictícia e criando nomes diferentes,para não constranger estas pessoas. 2. Sua personagem principal foi inspirada em alguém? A história tem elementos de sua própria vida? A personagem principal de meu livro,que também é a narradora

O que me espera?

Dia 06 de setembro de 2012, momento em que eu me tornei uma fisioterapeuta. Mas, será mesmo? Será que a fisioterapeuta aqui presente não surgiu lá atrás, no momento em que pus os pés pela primeira vez na UNEB? Essa trajetória repleta de caminhos tortuosos, barreiras e desvios está longe de terminar, ou melhor, nunca terá fim. Meu desejo é seguir caminhando, sem desistir, com a ajuda dos meus anjos terrenos. Que nunca me falte coragem e amigos nessa jornada. O destino é incerto, mas estou preparada para o que vier.

Inversão de responsabilidades

C om lágrimas nos olhos, raiva no coração, memórias tristes na mente, só pensava em como tal pessoa me faz sofrer. Todos os momentos felizes, declarações apaixonadas, carinho, dedicação e palavras de apoio sumiram da minha cabeça. Você não me faz bem, estou infeliz por sua causa! Mas, será mesmo? Recomponho minhas ideias, penso racionalmente, volto a ser eu. Garota, não seja injusta. Ninguém é mais responsável pela sua felicidade, ou falta dela, do que você mesma. Se foi abatida, é porque se deixou abater. Então olhando friamente vejo que não foi tão grave assim. Um mundo de possibilidades está à minha espera.  *Carência e saudade me fazem ficar sensível. Odeio!

Segundo Eclipse

Lua e Sol se reencontraram no firmamento. Outros astros descreveram órbitas incompreensíveis, sem atrapalhar o encontro. O universo é enorme e há espaço para todos os corpos celestes. Podem admirar nosso amor, estrelas. Viagem para Itaquaquecetuba confirmou ainda mais os sentimentos e acabou com qualquer dúvida e medo. A família de minha lua é linda, divertida, unida e honesta. Eu quero ter a honra de fazer parte dela. Local que mais adorei: Bairro da Liberdade, melhor do que imaginei em meus sonhos *_* Só faltou um emprego decente para que eu pudesse gastar feliz meu salário. Quem sabe na próxima viagem? Nunca deixarei de sonhar, mas sem tirar a ponta dos pés do chão. Um sonho se fortalece quando realizado.

Afogada

Queria com tal sofreguidão ser amada que ao agarrar-se a um desavisado apaixonado não o deixava escapar. Como afogada em alto mar, desesperada puxava o amado que viera salvá-la para as profundezas. Seu amor era pesado, mal havia espaço para respirar. Ela sabia que deveria parar. Ser leve, deixar sua ausência ser sentida, não implorar por amor. Mas sua alma era sedenta, sua mente insegura, seus olhos chorosos e seu corpo carente. Tinha medo de afogar-se na solidão. Quem poderá resgatá-la sem morrer tentando? *Primeiro post do ano. Quem sabe me animo a escrever/desabafar mais em 2012? *Muitos planos, tantos sonhos que até fico zonza ao pensar neles.