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Mostrando postagens de julho, 2016

Para o menino que brinca

Todos os dias passava pelos seus companheiros Mas não enxergava crianças, apenas perigo Medo e preconceito eram meus parceiros Passar por vocês para mim era um castigo Hoje seria só mais um dia, nada especial Acordar, tomar um banho, beber um café forte Enfrentar o diário engarrafamento infernal Mas você surgiu e mudou minha sorte Fazia frio e caía uma melancólica garoa Você e um cão vira-lata brincavam Como se a vida fosse suave e boa Para serem felizes vocês se bastavam Embaixo de uma marquise decadente Crianças e jovens com frio, encolhidas O horror então apoderou minha mente Ao pensar na inocência e esperança perdidas Menino que brinca, fique sabendo Você é flor em meio a tanto terror Suas pétalas levadas pelo vento Encheram a praça de amor

De volta ao casulo

Fitar meu rosto no espelho era um martírio, não apenas pela aparência refletida, mas pela desesperança estampada no meu olhar. Com inveja via as belas borboletas desbravando caminhos incríveis, viajando por terras só vistas por mim através da tela do computador. Minha casa se transformava pouco a pouco em prisão. A claustrofobia piorava ainda mais quando eu percebia que lá fora as borboletas viviam felizes. Numa manhã aparentemente ordinária nasceram minhas asas. Nada de especial ocorrera, apenas surgiram assim, de repente. Ou talvez já existissem e só naquele momento eu as notei? Até hoje me pergunto. Comecei minha jornada rumo ao infinito. Tentei voar mais alto, porém as asas não eram tão leves quanto imaginava, e logo cansei-me. O mundo era deveras colorido e barulhento, ninguém prestava atenção no ser alado e exausto em que me tornei. Outras borboletas pousaram junto a mim. Vendo-as tão perto notei manchas e cicatrizes em seus corpos, e certa tristeza sutil no olhar. De

Lista de desejo: Carros compactos (pequititicos)

Na adolescência eu era apaixonada por carrões imponentes, daqueles que todos param para admirar e invejar o dono. Entretanto, ao refletir melhor sobre a quantidade de combustível gasto e o tanto de espaço que esses monstrões ocupam, fui perdendo o interesse. Quando tirei a CNH então(processo que durou muuuuuito tempo), percebi os benefícios de um carrinho, além de achar super fofo! Agora meu passatempo é olhar fotos de carros pequititicos na internet, enquanto não posso comprar. Sonhar não custa nada, né? Chery QQ Imagem: http://autopolis.com.br/wp-content/uploads/2015/04/CHERY-NEW-QQ-10.jpg Polêmico, a maioria das pessoas para quem eu o mostro tem reações um tanto estranhas: Reviram os olhos, fazem sons ininteligíveis (variando de errr, argh) ou começam a falar mal demonstrando suas capacidades mediúnicas de saber defeitos sem nunca terem dirigido o carro. Vi umas 3 vezes o New QQ na rua e foi amor a primeira vista. O preço também é atraente, pois vem completão. <