O sangue que escorre de sua carne é escarlate como meu. Mesmo odor e gosto metálico, não é possível distingui-los quando misturados. Mas o sangue que escorre de minha pele negra vem de feridas antigas, que não me lembro, mas ainda doem. as chicotadas deixaram cicatrizes horrendas, mas não me envergonho delas.
Não foi você que me feriu, por isso não o culpo. Apenas peço que entenda minha dor. Não maltrate minha pele, já sensível de tanta tortura. Nosso sangue tem a mesma cor, podemos ser parceiros, amigos, irmãos?
*Escrevi para o projeto #pcpoemaeveryday do blog Onça malhada (clique aqui) . Escolhi o tema racismo.
Para ficar mais claro: XD
Gostei muito Bruna..
ResponderExcluirLindo! Arrasou Bruna.
ResponderExcluirOtimo texto!
ResponderExcluirBeijos e até mais,
Jayane Fereguetti
www.ulalahmundo.com